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Chegou o momento de conhecermos os melhores filmes do ano, que conquistaram seu lugar na maior e mais importante premiação do cinema internacional, o Oscar. 


Comemorando sua 97ª edição, a premiação deste ano, apresentada pelo comediante Conan O'Brien, contou com diversos filmes baseados em livros concorrendo a inúmeras categorias do Oscar, em especial, a categoria de Melhor Roteiro Adaptado, criada para os longas-metragens baseados tanto em livros, quanto em peças de teatro, musicais, histórias em quadrinhos, e até mesmo em parques temáticos, como o filme “Piratas do Caribe”.

Os Indicados

Os roteiros adaptados partem de histórias que tem uma maior aceitação em outras mídias, embora não sejam sempre baseadas em um livro. Como é o caso de “Sing Sing” que, embora não seja inspirado em uma obra literária, também concorreu à categoria de Melhor Roteiro Adaptado. Tendo sido baseado em um artigo da Esquire de John H. Richardson intitulado “The Sing Sing Follies (A Maximum Security Comedy)” sobre o programa Rehabilitation Through the Arts da prisão de segurança máxima de Sing Sing.

Concorrendo a 03 categorias no Oscar, incluindo a de Melhor Ator (Colman Domingo) e Melhor Canção Original ("Like a Bird" de Abraham Alexander e Adrian Quesada), o filme dirigido por Greg Kwedar, que assina o roteiro com Clint Bentley, narra a história de um grupo de presidiários envolvidos na criação de espetáculos teatrais por meio de um programa de reabilitação.


Já o controverso “Emilia Pérez”, dirigido por Jacques Audiard, que assina o roteiro em colaboração com Thomas Bidegain, Léa Mysius e Nicolas Livecchi, foi adaptado de uma ópera de mesmo nome que foi inspirada no romance “Écoute” de Boris Razon. Com 13 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Atriz (Karla Sofía Gascón), o filme musical de comédia criminal levou para casa as estatuetas de Melhor Atriz Coadjuvante (Zoe Saldaña) e Melhor Canção Original com “El Mal” de Clément Ducol and Camille.


Com direção de RaMell Ross, que também é responsável pelo roteiro junto com Joslyn Barnes, “Nickel Boys” recebeu duas indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme. Baseado no livro homônimo de Colson Whitehead, vencedor do Prêmio Pulitzer de Ficção 2020, o longa-metragem de drama histórico narra a amizade e a transformação de dois adolescentes negros em um reformatório juvenil.


Indicado a oito Oscars, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Ator (Timothée Chalamet), Melhor Ator Coadjuvante (Edward Norton) e Melhor Atriz Coadjuvante (Monica Barbaro), “Um Completo Desconhecido” dirigido por James Mangold, que também coescreveu o roteiro com Jay Cocks, é um filme biográfico musical inspirado no livro de não-ficção “Dylan Elétrico: do Folk ao Rock” de Elijah Wald, que é ambientado na década de 1960 e aborda o início da carreira do ícone da música, Bob Dylan.


E o Oscar foi para...

Com direção de Edward Berger e roteiro de Peter Straughan, o longa-metragem britânico-estadounidense conquistou o Oscar deste ano na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. Com oito indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme e Melhor Ator (Ralph Fiennes), “Conclave” é baseado no romance do escritor Robert Harris, que narra a história do Cardeal Lawrence, que é encarregado de liderar um dos eventos mais secretos e antigos do mundo, a seleção de um novo Papa, que o coloca no centro de uma conspiração que pode abalar os próprios alicerces da Igreja.


Já o grande vencedor da noite foi “Anora”, que concorreu a seis Oscars e levou para casa cinco estatuetas, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Atriz (Mikey Madison), Melhor Roteiro Original e Melhor Montagem. O que levou o cineasta Sean Baker a alcançar um feito inédito na história do Oscar, sendo o primeiro a vencer em quatro categorias com o mesmo filme.

Mais Adaptações

Desde grandes clássicos da literatura a famosas histórias infanto juvenis, várias outras adaptações também concorreram ao Oscar deste ano, como o filme brasileiro dirigido pelo cineasta Walter Salles (Central do Brasil) com roteiro adaptado por Murilo Hauser e Heitor Lorega. “Ainda Estou Aqui”, inspirado no livro homônimo de não ficção escrito por Marcelo Rubens Paiva, teve três indicações ao Oscar incluindo Melhor Filme e Melhor Atriz (Fernanda Torres), levando para casa a estatueta de Melhor Filme Internacional.

Com direção de Jon M. Chu e roteiro de Winnie Holzman e Dana Fox, o longa “Wicked: Parte Um” é a adaptação do musical homônimo de Stephen Schwartz e Holzman, que por sua vez foi baseado no romance “Wicked” de Gregory Maguire, uma releitura do clássico “O Mágico de Oz” de L. Frank Baum. Com 10 indicações ao Oscar, incluindo nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Cynthia Erivo), Melhor Atriz Coadjuvante (Ariana Grande) e Melhor Trilha Sonora Original (John Powell and Stephen Schwartz), tendo vencido na categoria de Melhor Figurino (Paul Tazewell) e Melhor Design de Produção.

Dirigido pelo aclamado cineasta canadense Denis Villeneuve, a superprodução “Duna: Parte 2”, inspirada na obra do renomado autor Frank Herbert, também concorreu ao Oscar em cinco categorias, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Fotografia, Melhor Design de Produção e Melhor Som, levando para casa a estatueta de Melhores Efeitos Especiais. Sendo que, outro clássico da ficção científica que concorreu a categoria foi “Planeta dos Macacos: O Reinado”, o quarto filme do reboot da franquia, dirigido por Wes Ball e com roteiro de Josh Friedman, inspirado no romance do autor francês Pierre Boulle.

Concorrendo a quatro categorias, incluindo Melhor Fotografia, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem e Penteado, e Melhor Design de Produção temos “Nosferatu” escrito e dirigido pelo cineasta Robert Eggers. O filme é uma releitura de terror gótico checo-americano do clássico longa-metragem expressionista mudo “Nosferatu, eine Symphonie des Grauens” (1922), que por sua vez é uma adaptação do romance “Drácula” de Bram Stoker. Também concorreu ao Oscar na categoria de Melhor Documentário, “Quatro Paredes” escrito e dirigido pela jornalista Shiori Ito, também autora do livro de memórias “Black Box”, no qual o documentário é baseado.

Já nas categorias de Melhor Animação e Melhor Trilha Sonora Original concorreu o longa “Robô Selvagem” escrito e dirigido por Chris Sanders, e baseado na série de livros infanto juvenis de Peter Brown. Falando em animação, inspirado no livro ilustrado coreano,  “Magic Candies”,  dirigido por Daisuke Nishio e escrito por Baek Hee-na também recebeu uma indicação na categoria de Melhor Curta Animado.

Assim, em meio a discursos emocionados, homenagens comoventes, incríveis performances musicais e belíssimas apresentações, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas comemorou em grande estilo a sua 97ª edição.

Confira a lista completa dos indicados e vencedores do Oscar 2025 no seu site oficial.
Chegou o momento de conhecermos os melhores filmes do ano, que conquistaram seu lugar na maior e mais importante premiação do cinema internacional, o Oscar. 


Comemorando sua 96ª edição, a premiação deste ano, apresentada mais uma vez pelo comediante Jimmy Kimmel, contou com diversos filmes baseados em livros concorrendo a inúmeras categorias do Oscar, em especial, a categoria de Melhor Roteiro Adaptado, criada para os longas-metragens baseados tanto em livros, quanto em peças de teatro, musicais, histórias em quadrinhos, e até mesmo em parques temáticos, como o filme “Piratas do Caribe”.

Os Indicados

Os roteiros adaptados partem de histórias que tem uma maior aceitação em outras mídias, embora não sejam sempre baseadas em um livro. Como é o caso de “Barbie” que, embora não seja inspirado em uma obra literária, também concorreu à categoria de Melhor Roteiro Adaptado, pois segundo as regras do Oscar, filmes sobre personagens pré-existentes são classificados como roteiros adaptados, e Barbie e Ken eram bonecos da Mattel muito antes de ganharem às telas.

Com direção de Greta Gerwing que também é responsável pelo roteiro junto com seu parceiro Noah Baumbach, “Barbie” recebeu sete indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Ryan Gosling), Melhor Atriz Coadjuvante (America Ferrera), Melhor Design de Produção, Melhor Figurino e Melhor Canção Original. Tendo levado para casa a estatueta de Melhor Canção Original com a música “What Was I Made For?" de Billie Eilish, sendo que a música "I'm Just Ken” escrita e produzida por Mark Ronson e Andrew Wyatt também concorreu a categoria com direito a uma performance memorável feita por Ryan Gosling.


Dirigido e com roteiro adaptado pelo cineasta Jonathan Glazer também concorreu a categoria o longa “A Zona de Interesse” baseado no livro homônimo inspirado em fatos reais sobre Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial escrito por Martin Amis. Tendo também concorrido as categorias de Melhor Filme e Melhor Direção, o longa levou para casa as estatuetas de Melhor Filme Internacional (Reino Unido) e Melhor Som.


Com onze indicações incluindo a de Melhor Filme e Melhor Direção, “Pobres Criaturas” foi um dos favoritos da premiação, tendo levado para casa quatro estatuetas, nas categorias de Melhor Design de Produção (Shona Heath), Melhor Cabelo e Maquiagem, Melhor Figurino (Holly Waddington) e Melhor Atriz (Emma Stone). Inspirado no livro homônimo do autor escocês Alasdair Gray, o filme dirigido pelo cineasta  grego Yorgos Lanthimos, produzido por Emma Stone, e que tem seu roteiro adaptado por Tony McNamara, é uma sátira do clássico da literatura “Frankenstein” de Mary Shelley.


E o Oscar foi para...

Com direção estreante e roteiro de Cord Jefferson, o longa-metragem conquistou o Oscar deste ano na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. Com cinco indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme e Melhor Ator (Jeffrey Wright), “Ficção Americana” é baseado no romance “Erasure” do escritor Percival Everett, que narra a história de  Thelonious “Monk” Ellison, um escritor brilhante cujos livros não estão sendo aceitos pelas editoras, pois ele se recusa a retratar pessoas de cor de forma estereotipada em seu trabalho.


Já o grande vencedor da noite foi “Oppenheimer”, que concorreu a treze Oscars e levou para casa sete estatuetas, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator (Cillian Murphy), Melhor Ator Coadjuvante (Robert Downey Jr.), Melhor Montagem (Jennifer Lame), Melhor  Fotografia (Hoyte van Hoytema) e Melhor Trilha Sonora (Ludwig Göransson). Com direção e roteiro adaptado por Christopher Nolan, o longa é inspirado na biografia vencedora do Pulitzer “Oppenheimer: O Triunfo e a Tragédia do Prometeu Americano”  escrita por Kai Bird e Martin J. Sherwin.


Mais Adaptações

Desde grandes clássicos da literatura a famosas histórias em quadrinhos, várias outras adaptações também concorreram ao Oscar deste ano, como o longa dirigido pelo cineasta Martin Scorsese e aclamado no Cannes, “Assassinos da Lua das Flores”, inspirado no livro homônimo de não ficção do autor e jornalista David Grann, o longa teve dez indicações ao Oscar incluindo Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Atriz para a estreante Lily Gladstone.

Dirigido pelo espanhol Juan Antonio Bayona, a adaptação da Netflix, “Sociedade da Neve”, inspirada no livro-reportagem escrito por Pablo Vierci, também concorreu ao Oscar nas categorias de Melhor Filme Internacional (Espanha) e Melhor Maquiagem e Cabelo. Com direção de Blitz Bazawule, a nova adaptação de “A Cor Púrpura”, uma releitura do clássico homônimo de Alice Walker também concorreu na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Danielle Brooks). Assim como o filme “NYAD”, baseado na biografia “Find a Way”  de Diana Nyad e com direção de Elizabeth Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin, que concorreu nas categorias de Melhor Atriz (Annette Bening) e Melhor Atriz Coadjuvante (Jodie Foster).

Já na categoria de Melhor Animação concorreram o longa “Nimona” dirigido por Nick Bruno e Troy Quane, e baseado no quadrinho escrito por N.D. Stevenson, ao lado de outra adorada graphic novel “Meu Amigo Robô” de Sara Varon, que foi dirigido pelo cineasta espanhol Pablo Berger. Falando em quadrinhos, a mais nova adaptação dos heróis da Marvel dirigida por James Gunn, “Guardiões da Galáxia Vol. 3” também recebeu uma indicação na categoria de Melhores Efeitos Especiais.

Assim, em meio a discursos emocionados, homenagens comoventes, incríveis performances musicais e belíssimas apresentações, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas comemorou em grande estilo a sua 96ª edição.

Confira a lista completa dos indicados e vencedores do Oscar 2024 no seu site oficial.
Chegou o momento de conhecermos os melhores filmes do ano, que conquistaram seu lugar na maior e mais importante premiação do cinema internacional, o Oscar.


Comemorando sua 95ª edição, a premiação deste ano, apresentada mais uma vez pelo comediante Jimmy Kimmel, contou com diversos filmes baseados em livros concorrendo a inúmeras categorias do Oscar, em especial, a categoria de Melhor Roteiro Adaptado, criada para os longas-metragens baseados tanto em livros, quanto em peças de teatro, musicais, histórias em quadrinhos, e até mesmo em parques temáticos, como o filme “Piratas do Caribe”.

Os Indicados

Os roteiros adaptados partem de histórias que tem uma maior aceitação em outras mídias, embora não sejam sempre baseadas em um livro. Como é o caso de “Glass Onion: Um Mistério Knives Out” que, embora não seja inspirado em uma obra literária, também concorreu à categoria de Melhor Roteiro Adaptado, pois segundo as regras do Oscar, qualquer sequência está qualificada para a categoria, desde que mantenha pelo menos um dos personagens da trama original.

Com roteiro e direção de Rian Johnson, “Glass Onion” é o segundo filme da famosa franquia “Knives Out”, que mais uma vez traz o ator Daniel Craig no papel do renomado detetive Benoit Blanc, que se vê envolvido em um jogo de detetive com excêntricos participantes em uma ilha isolada na Grécia.


No entanto, “Glass Onion” não foi a única sequência a ser indicada a categoria de Melhor Roteiro Adaptado deste ano. Com roteiro de Peter Craig, Justin Marks, Ehren Kruger, Eric Warren Singer e Christopher McQuarrie, “Top Gun: Maverick” marca o retorno surpreendente às telas do destemido piloto Pete Mitchell interpretado por Tom Cruise.

Dirigido por Joseph Kosinski, o filme recebeu cinco indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Edição, Melhores Efeitos Visuais, e Melhor Canção Original com a música “Hold My Hand” de Lady Gaga. Tendo levado para casa a estatueta de Melhor Som.


Dirigido por Oliver Hermanus e com roteiro do prêmio Nobel de literatura de 2017 Kazuo Ishiguro, também concorreu a categoria o longa “Living”, uma adaptação britânica do filme japonês de 1952 “Viver” (Ikiru) dirigido por Akira Kurosawa, que por sua vez é uma adaptação do conto clássico “A Morte de Ivan Ilitch” de Liev Tolstói. O filme também concorreu a categoria de Melhor Ator (Bill Nighy).


Com nove indicações incluindo a de Melhor Filme, “Nada de Novo no Front” foi o segundo mais lembrado na lista da Academia, atrás apenas do favoritíssimo “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”. Tendo levado para casa quatro estatuetas, nas categorias de Melhor Filme Internacional (Alemanha), Melhor Trilha Sonora (Volker Bertelmann), Melhor Fotografia (James Friend), e Melhor Design de Produção. Baseado no clássico da literatura, de mesmo nome, do autor alemão Erich Maria Remarque, publicado em 1929, o filme sobre a Primeira Guerra Mundial é dirigido pelo cineasta alemão Edward Berger, que também dá sua contribuição no roteiro adaptado por Lesley Paterson & Ian Stokell. 


E o Oscar foi para...

Com direção e roteiro da canadense Sarah Polley, o longa-metragem conquistou o Oscar deste ano na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. Com três indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme, “Entre Mulheres” é baseado no romance best-seller de Miriam Toews, que narra a história de um grupo de mulheres em uma colônia religiosa isolada, que lutam para reconciliar sua fé com uma série de agressões sexuais cometidas pelos homens da colônia. 


Já o grande vencedor da noite foi “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”, que concorreu a onze Oscars e levou para casa sete estatuetas, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Roteiro Original, Melhor Direção (Daniel Kwan & Daniel Scheinert), Melhor Edição (Paul Rogers), Melhor Ator Coadjuvante (Ke Huy Quan), Melhor Atriz Coadjuvante (Jamie Lee Curtis), e Melhor Atriz (Michelle Yeoh, que entrou para a história como a primeira mulher asiática a levar o prêmio).


Mais Adaptações

Desde grandes clássicos da literatura a famosas histórias em quadrinhos, várias outras adaptações também concorreram ao Oscar deste ano, como “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”, que concorreu a cinco Oscars e levou para casa a estatueta de Melhor Figurino (Ruth E. Carter). Sem falar, na mais nova adaptação do herói da DC Comics, “Batman”. Dirigido por Matt Reeves e protagonizado por Robert Pattinson, o filme teve três indicações ao Oscar nas categorias técnicas de Melhor Som, Melhor Cabelo e Maquiagem e Melhores Efeitos Visuais.

Já na categoria de Melhor Animação concorreram o novo longa de Guillermo Del Toro, “Pinóquio”, inspirado no clássico da literatura infantil “As Aventuras de Pinóquio” do autor italiano Carlo Collodi, ao lado de outro amado conto de fadas “Gato de Botas 2: O Último Pedido”, baseado na obra do escritor francês Charles Perrault. Sendo que o Oscar foi para a nova versão de “Pinóquio”. Falando em animações “O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo”, inspirado na obra de Charlie Mackesy, foi o vencedor na categoria de Melhor Curta de Animação.

Também concorreu ao Oscar na categoria de Melhor Figurino, o filme “Sra. Harris Vai a Paris”, inspirado no romance de Paul Gallico, com direção e roteiro de Anthony Fabian, sendo estrelado por Lesley Manville. Há ainda “Blonde”, baseado no romance de mesmo nome escrito por Joyce Carol Oates. Com roteiro e direção de Andrew Dominik, o filme, estrelado por Ana de Armas como Marilyn Monroe recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz.

Assim, em meio a discursos emocionados, homenagens comoventes, incríveis performances musicais e belíssimas apresentações, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas comemorou em grande estilo a sua 95ª edição.

Confira a lista completa dos indicados e vencedores do Oscar 2023 no seu site oficial.
Inspirado em dois clássicos contos de fadas, “O Caçador e a Rainha do Gelo” deixam as páginas dos livros para ganhar as telas do cinema.


Numa mistura de fantasia, drama, romance, aventura, muita ação e um toque de humor, o longa-metragem da Universal Pictures, que teve sua estreia em abril de 2016, mostra o Caçador da “Branca de Neve” dos irmãos Grimm enfrentando a “Rainha do Gelo” de Hans Christian Andersen.

Era uma vez...

Uma rainha má, que governava com crueldade um distante reino, tendo sempre ao seu lado sua gentil irmã, Freya (Emily Blunt). Até o dia em que Freya dá à luz uma encantadora menina, destinada a crescer e se tornar a mais bela de todas. Movida pela inveja, a rainha Ravenna (Charlize Theron) mata a criança e culpa o pai pelo crime. O que ela não poderia imaginar é que tamanha dor congelaria o coração de sua irmã e despertaria nela um poder diferente de tudo o que o mundo já testemunhou.

Muito tempo depois, Freya, agora conhecida como a Rainha do Gelo, conquistou inúmeros reinos com seu poderoso exército de destemidos e implacáveis guerreiros, a quem ela chama de “Meus Caçadores”, que tem como única regra nunca se apaixonar. Enquanto Ravenna encontrou seu destino num reino distante, que agora pertence a Branca de Neve e seu marido (Sam Claflin).

Ao descobrir sobre a morte da irmã, Freya deseja ter seu espelho mágico, enviando Sarah (Jessica Chastain) sua mais leal guerreira para consegui-lo. O que ela não esperava é que o caçador Eric (Chris Hemsworth), ao lado dos anões Nion (Nick Frost), Gryff (Rob Brydon) e Bromwyn (Sheridan Smith) seria enviado para destruir o espelho e assim acabar com os planos da rainha.

Nos primeiros minutos do filme um narrador (Liam Neeson) apresenta a história da Rainha do Gelo, que se passa anos antes de “Branca de Neve e o Caçador”, mostrando a origem do Caçador e um pouco da história da rainha má e em como seus destinos estão perigosamente interligados. Logo depois ele avança no tempo, continuando anos depois de Branca de Neve se tornar rainha.

A produção

Do mesmo produtor de “Malévola” e “Alice no País das Maravilhas”, o cineasta americano Joe Roth, “O Caçador e a Rainha do Gelo” (The Huntsman: Winter's War) tem seu roteiro adaptado por Evan Spiliotopoulos e Craig Mazin, baseado nos personagens criados pelo roteirista Evan Daugherty para o primeiro filme. O longa é também a estreia na direção do francês Cedric Nicolas-Troyan, que trabalhou como especialista em efeitos no longa “Branca de Neve e o Caçador”.

As filmagens foram feitas na Inglaterra e o longa contou com a trilha sonora do renomado compositor James Newton Howard, além da canção tema “Castle” da famosa cantora Halsey. Tanto os efeitos especiais, como a cenografia, os figurinos e a direção de arte do longa são magníficos, além da interpretação do incrível elenco. O problema mesmo é a história que embora seja interessante e até divertida parece não ter tempo suficiente para se desenvolver com mais profundidade, o que a faz parecer incompleta.

Mas embora, o filme não chegue a ser um sucesso de bilheteria, ele acaba sendo de fato um bom entretenimento. A história não tem nada de inovador ou grandioso, mas ainda assim consegue prender a atenção do público, tanto nas cenas de ação quanto nas de drama.

Confira o trailer (legendado):



Saiba mais sobre o filme em seu site oficial (em inglês).
Do mesmo diretor de “O Quinto Elemento”, o tão aguardado filme “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” ganhou as telas do cinema para alegria e desespero dos fãs.


Dirigido, produzido e com roteiro escrito pelo famoso cineasta Luc Besson, o longa-metragem distribuído no país pela Diamond Films é uma adaptação da série em quadrinhos “Valérian et Laureline”, que inspirou uma geração de artistas, escritores e cineastas, publicada em 1967 pelo roteirista Pierre Christin e pelo ilustrador Jean-Claude Mézières.

A história

No século 28, Valerian (Dane DeHaan) e Laureline (Cara Delevigne) são dois agentes espaciais encarregados de manter a ordem em todos os territórios humanos. Sob o comando do Ministro da Defesa, eles embarcam em uma perigosa missão na surpreendente cidade Alpha – uma metrópole sempre em expansão, onde espécies de mil planetas convergiram ao longo dos séculos para desenvolver seus conhecimentos e compartilhar sua cultura e tecnologia.

Quando uma força sombria ameaça a existência da “Cidade dos Mil Planetas”, os agentes Valerian e Laureline precisam correr contra o tempo e identificar esse perigoso inimigo antes que ele coloque em risco não apenas Alpha, mas todo o universo. 

O elenco conta ainda com a participação de Rihanna (Bubble), Clive Owen (Arün Filitt), Ethan Hawke (Jolly), John Goodman (Igor Siruss), Herbie Hancock (Ministro da Defesa), Kris Wu (Capitão Neza), Rutger Hauer (Presidente da Federação do Estado Mundial) e muitos outros.

A Cidade dos Mil Planetas

Numa mistura de aventura e ficção científica, o filme francês, que teve sua estreia nos cinemas em julho de 2017, marca o retorno de Luc Benson ao subgênero space opera, vinte anos depois do clássico cult “O Quinto Elemento”.

Fã das aventuras de Valerian, Benson apresenta o universo do agente espacial na forma de um verdadeiro espetáculo visual. A começar pela abertura do longa, que ao som de “Space Oddity” de David Bowie mostra como surgiu a Cidade dos Mil Planetas, desde de sua criação até o momento em que ela é forçada a deixar o sistema solar da Terra.

Na verdade, um dos pontos fortes do longa é de fato os magníficos efeitos especiais, sem falar nas cenas de ação de tirar o fôlego embaladas pela trilha sonora composta por Alexandre Desplat (A Forma da Água). Já que a história, embora com uma boa premissa, deixa um pouco a desejar, sendo em alguns momentos cansativa e até meio superficial.

Tanto os personagens quanto os cenários e o figurino são impressionantes, a história dos Perls é tocante e bem construída, assim como a Cidade dos Mil Planetas. O que não se pode dizer dos personagens principais, que em meio a conspirações intergalácticas, missões mirabolantes, inúmeras reviravoltas e brigas bobas, não tem tempo de desenvolver sua história, o que acaba fazendo o romance entre eles parecer um pouco forçado.

Não que o filme seja ruim, pelo contrário ele é de fato um bom entretenimento, mas não passa disso. Talvez um de seus maiores problemas seja mesmo a grande expectativa em torno dele, mas tirando isso o filme pode ser considerado até divertido. E embora não tenha se saído muito bem nas bilheterias, muitos curtiram a adaptação, o que levou Luc Besson a afirmar que uma ou mais sequências podem ser possíveis. 

O livro

Das telas do cinema para as páginas dos livros surge a obra “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”, escrita pela autora americana Christie Golden.

Com 240 páginas e tradução de Ligia Azevedo, a obra, baseada no filme de Luc Besson, foi lançada no país em versão física e digital pela editora HarperCollins Brasil, no mesmo dia em que o longa-metragem teve sua estreia nos cinemas brasileiros. 

A novelização oficial do filme está à venda nas livrarias de todo país, assim como na Amazon, nas versões física e digital. A HQ também se encontra disponível na loja online.

Saiba mais sobre “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” no seu site oficial.

Confira o trailer (legendado):

Enfim, chegou o momento de conhecermos os melhores filmes do ano, que conquistaram seu lugar na maior e mais importante premiação do cinema internacional, o Oscar.


Comemorando sua 90ª edição, a premiação deste ano contou com diversos filmes baseados em livros concorrendo a inúmeras categorias do Oscar, em especial, a categoria de Melhor Roteiro Adaptado, criada para os longas-metragens baseados tanto em livros, quanto em peças de teatro, musicais, histórias em quadrinhos, e até mesmo em parques temáticos, como o filme “Piratas do Caribe”.

Os Indicados

Assim, os roteiros adaptados partem de histórias que tem uma maior aceitação em outras mídias, embora não sejam sempre baseadas em um livro. Como é o caso de “Logan” que, embora não seja baseado em um livro, também concorreu à categoria de Melhor Roteiro Adaptado, sendo o primeiro filme de super-heróis a alcançar o feito.

Isso devido ao fato de que o roteiro foi inspirado no aclamado personagem Wolverine criado por Len Wein para as histórias em quadrinhos da Marvel Comics. Dirigido por James Mangold, também responsável pela adaptação do roteiro ao lado de Michael Green e Scott Frank, o filme estrelado por Hugh Jackman é o décimo da série dos X-Men e o terceiro e último focado em Wolverine.


No entanto, também há casos de filmes baseados em livros que não concorrem à categoria, como o longa-metragem “O Destino de uma Nação” (Darkest Hour), inspirado no livro homônimo de Anthony McCarten, que também escreveu o roteiro do filme, baseado na história real do ex-ministro britânico Winston Churchill. Razão pela qual o longa não foi indicado à categoria de Melhor Roteiro Adaptado, pois tanto o roteiro do filme quanto o livro foram escritos ao mesmo tempo, tendo sido inspirados numa história real.

Dirigido por Joe Wright, o filme recebeu seis indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Fotografia, Melhor Figurino, e Melhor Design de Produção. Tendo levado para casa duas estatuetas, nas categorias de Melhor Ator (Gary Oldman) e Melhor Maquiagem e Cabelo.


Das páginas dos livros para as telas do cinema, temos o filme “Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi”, baseado no livro de estreia da autora Hillary Jordan, que se passa após a Segunda Guerra Mundial e segue diversos personagens que vivem numa pequena cidade no Mississippi, que ainda é regida pelas Leis de Jim Crow, que estabeleciam limites entre brancos e negros.

Dirigido pela cineasta e roteirista Dee Rees, o filme, recebeu três indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Atriz Coadjuvante (Mary J. Blige), Melhor Canção Original (Mighty River) e Melhor Roteiro Adaptado, escrito por Dee Rees e Virgil Williams.


Dirigido e estrelado por James Franco, com roteiro adaptado por Michael H. Weber e Scott Newstadter, “Artista do Desastre”, adaptado do livro de não-ficção de Greg Sestero e Tom Bissell, conta a trajetória em detalhes do ator e cineasta Tommy Wiseau durante a produção de “The Room” (2003), considerado um dos piores filmes de todos os tempos.


Baseado no livro de memórias de Molly Bloom, “A Grande Jogada”, dirigido e com roteiro adaptado por Aaron Sorkin, conta a história da “princesa do pôquer”, uma ex-esquiadora olímpica, que acaba entrando de cabeça no mundo dos jogos ilegais, onde permaneceu por oito anos até começar a ser investigada pelo FBI.


E o Oscar foi para...

Dirigido por Luca Guadagnino, também responsável pela adaptação do roteiro ao lado de James Ivory e Walter Fasano, o longa-metragem conquistou o Oscar deste ano na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. Com três indicações ao Oscar, “Me Chame Pelo Seu Nome” é baseado no livro homônimo de André Aciman, que narra a história de um jovem de 17 anos que começa um romance com um dos convidados de seu pai, durante as férias da família na Riviera italiana. 


Já o grande vencedor da noite foi “A Forma da Água”, filme que deu origem ao livro homônimo de Guillermo del Toro e Daniel Krauss, que concorreu a 13 Oscars e levou para casa quatro estatuetas, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Direção (Guillermo del Toro), Melhor Design de Produção, e Melhor Trilha Sonora Original (Alexandre Desplat).


Mais Adaptações

Vários outros filmes baseados em obras literárias também concorreram ao Oscar 2018, em diversas categorias, como o clássico da ficção científica, “Blade Runner 2049”, inspirado na obra de Philip K. Dick, que concorreu a cinco Oscars e levou para casa as estatuetas de Melhor Fotografia e Melhores Efeitos Visuais, desbancando os sucessos de bilheteria “Guardiões da Galáxia Vol.2” e “The Last Jedi”. Assim como o longa-metragem “Planeta dos Macacos – A Guerra”, inspirado na obra do autor francês Pierre Boulle, e “Kong – A Ilha da Caveira”, baseado na obra de Edgar Wallace.

Já na categoria de Melhor Animação concorreram “O Poderoso Chefinho”, inspirado no livro infantil “The Boss Baby” de Marla Frazee, ao lado de “O Touro Ferdinando”, baseado na obra de Munro Leaf, e “The Breadwinner”, adaptação do romance de Deborah Ellis. Falando em animações “Revolting Rhymes”, inspirado na obra de Roald Dahl, concorreu na categoria de Melhor Curta em Animação, cujo vencedor foi “Dear Basketball”, baseado em uma carta que Kobe Bryant escreveu para o The Players Tribune em 29 de novembro de 2015 anunciando sua aposentadoria do basquete.

Também concorreram ao Oscar os filmes “A Bela e a Fera”, inspirado no clássico conto de fadas de Gabrielle-Suzanne Barbot, Madame de Villeneuve. Além de “Extraordinário”, baseado na obra homônima de R. J. Palacio, e “Victoria e Abdul: O Confidente da Rainha”, inspirado na biografia escrita por Shrabani Basu. Assim como o filme “Todo Dinheiro do Mundo”, que deu origem ao livro homônimo de John Pearson e Elton Medeiros.

Sem falar no sucesso de bilheteria “Star Wars – Os Últimos Jedi”, que inspirou uma série de livros escrita por diversos autores. O filme concorreu às categorias de Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som, Melhores Efeitos Visuais e Melhor Trilha Sonora Original. 

Há ainda “Dunkirk”, baseado na história da Operação Dínamo, que deu origem ao livro homônimo de Joshua Levine. Dirigido por Christopher Nolan, o filme recebeu oito indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme e Melhor Diretor, tendo levado para casa as estatuetas de Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som, e Melhor Montagem.

Assim, em meio a polêmicas, discursos emocionados, homenagens comoventes, incríveis performances musicais e belíssimas apresentações, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas comemorou em grande estilo a sua 90ª edição.

Confira a lista completa dos indicados e vencedores do Oscar 2018 no site Omelete.
Inspirado na obra dos irmãos Grimm, o filme da Disney traz as telas do cinema os mais cativantes personagens dos contos de fadas em uma história que explora as consequências dos desejos.


Dirigido por Rob Marshall (Chicago), com roteiro adaptado por James Lapine, o longa-metragem, que teve sua estreia em 25 de dezembro de 2014 nos EUA, recebeu três indicações ao Oscar 2015, incluindo ao de melhor atriz coadjuvante para Maryl Streep.

Era uma vez...

Também baseado no musical homônimo da Broadway criado por Stephen Sondheim em 1987, o filme mistura diversos personagens dos clássicos contos de fadas com a história original de um padeiro (James Corden) e sua mulher (Emily Blunt), que desejam ter uma família, mas para isso precisam quebrar o feitiço de uma vingativa bruxa (Meryl Streep) que vive na floresta.

Correndo contra o tempo, o casal precisa reunir os ingredientes para reverter o feitiço: a capa da Chapeuzinho Vermelho (Lilla Crawford), que está a caminho da casa da vovó quando encontra o Lobo Mau (Johnny Depp), a vaca leiteira de Jack (Daniel Huttlestone) que é trocada por feijões mágicos, e o cabelo de Rapunzel (Mackenzie Mauzy), que se encontra as escondidas com seu príncipe (Billy Magnussen), enquanto o irmão dele, o príncipe encantado (Chris Pine) procura por Cinderela (Anna Kendrick), que possui o último ingrediente, seu sapatinho.

Assim, numa jornada que promete muita confusão, heróis, vilões, donzelas em perigo e crianças travessas acabam tendo seus caminhos entrelaçados dentro da floresta, que esconde segredos, magias, e grandes perigos, onde todos estão à procura daquilo que mais desejam.

O filme também conta com a participação de vários outros personagens dos contos de fadas, como o Gigante do pé de feijão (Frances de la Tour), a mãe de Jack (Tracy Ullman), a vovó da Chapeuzinho Vermelho (Annette Crosbie), a mãe da Cinderela (Joanna Riding), sua madrasta (Christine Baranski), e suas irmãs Florinda (Tammy Blanchard) e Lucinda (Lucy Punch), entre muitos outros.

Cuidado com o que deseja

Numa mistura de fantasia, música e humor, “Caminhos da Floresta” (Into the Woods) mostra a busca dos personagens por aquilo que mais desejam, na esperança de que isso os leve até o seu final feliz. Assim como explora as consequências desses desejos, que muitas vezes acabam não sendo exatamente aquilo que eles imaginavam, causando ainda mais problemas e infelicidades.


Com um elenco de renomados atores, o filme apresenta os famosos personagens sob um novo ponto de vista, em uma trama bem desenvolvida, que embora seja inspirada nos contos de fadas, consegue ser original, com surpreendentes reviravoltas, hilários encontros e tristes desencontros. Além, é claro, de muitas canções, e encantadores efeitos visuais.

No entanto, o longa deixa um pouco a desejar em alguns quesitos, como nos cenários da floresta, que a princípio são impressionantes, mas ao longo das cenas passam a se repetir, dando a impressão de que os personagens podem se esbarrar um no outro ao virar uma árvore, o que de fato acontece algumas vezes. Há ainda o roteiro, que apesar de ter preservado a origem e muito das histórias dos personagens, fez algumas alterações em suas personalidades e no seu final, que é de partir o coração e as ilusões daqueles que cresceram adorando os contos de fadas e seus “felizes para sempre”.

Mas apesar de tudo, “Caminhos da Floresta” não chega a decepcionar, cumprindo o seu objetivo de reapresentar ao público os clássicos contos de fadas de uma forma atual e divertida, além de abordar de maneira descontraída as consequências dos desejos egoístas e das ações imaturas.

Saiba mais sobre o filme em seu site oficial no Brasil.

Confira o trailer (em inglês):

Inspirado em uma das maiores obras da literatura clássica mundial escrita pelo renomado autor e dramaturgo britânico William Shakespeare, “Macbeth” ganha mais uma vez às telas do cinema.

"All Hail Macbeth That Shall Be King"
Dirigido pelo cineasta australiano Justin Kurzel (Assassin's Creed) e com roteiro adaptado por Jacob Koskoff, Todd Louiso e Michael Lesslie, o longa-metragem britânico teve sua estreia nos cinemas em outubro de 2015, durante a 85ª edição do Festival de Cannes.

Ato I - A Tragédia 

Na trama, Macbeth (Michael Fassbender) é um general do exército escocês ao lado de seu bom amigo Banquo (Paddy Considine), até que um dia, após uma violenta batalha, ambos encontram em seu caminho três bruxas. Cada uma delas lhes revela uma chocante profecia, que de inicio nenhum dos dois leva a sério.

No entanto, Lady Macbeth (Marion Cotillard) não apenas acredita na profecia como tenta a todo custo persuadir seu marido a cumpri-la. Assim, influenciado por sua esposa e pela sede de poder, Macbeth decide matar o rei Duncan (David Thewlis), e tornar-se o rei da Escócia. O que desencadeia uma série de tragédias, reviravoltas e confrontos no reino, mas em especial, na mente de Macbeth, que luta contra sua própria consciência. 

De herói a vilão, de homem honrado a tirano sádico, consumido pela loucura e pela ambição, o Macbeth de Fassbender é capaz de provocar no público tanto simpatia quanto repulsa, e até mesmo compaixão, que é logo substituída pelo choque de seus crimes e de sua traição. E é em meio a esse turbilhão de emoções, que o filme desperta as mesmas questões morais presentes na obra de Shakespeare, até onde uma pessoa vai por ambição. 

Ato II – A Produção

Não há como negar, que o filme é visualmente impactante, desde os magníficos cenários, filmados na Inglaterra e na Escócia, ao movimento das câmaras, os filtros de cor, os efeitos digitais, as cenas de ação, e até mesmo o belo figurino de Lady Macbeth. O diretor usa e abusa dos simbolismos visuais para contar a história de Macbeth, mas sem deixar de lado o texto, que contém bem poucas alterações do original de Shakespeare.

O que pode dificultar um pouco a compreensão do público, que precisa prestar muita atenção para não se perder em meio a diálogos e monólogos falados no inglês arcaico, comum da época em que o autor escreveu a história. Mas nem por isso, deixa de ser impressionante a forma como os atores declamam o texto de Shakespeare com tamanha desenvoltura.

E por falar em atores, o longa também conta com um ótimo elenco, que inclui Marion Cotillard, que exibe com maestria a dualidade de sua personagem Lady Macbeth, de mulher manipuladora à frágil rainha. Sem falar em Sean Harris (Macduff), Elizabeth Debicki (Lady Macduff) e Jack Reynor (Príncipe Malcolm), além de Seylan Baxter, Lynn Kennedy, Kayla Fallon e Amber Rissmann como as bruxas, e do jovem Lochlann Harris como Fleance, filho de Banquo, entre vários outros.

Ato III - Livro x Filme

Embora inspirado na obra de Shakespeare e com bem poucas alterações em seu texto, o longa-metragem apresenta algumas diferenças em seu enredo, especialmente, no desfecho da história, que parece acabar abruptamente deixando algumas perguntas sem respostas.

Isso talvez ocorra porque, diferente do livro, o longa limita-se apenas a expor a história e os conflitos morais de Macbeth e sua esposa, sem se aprofundar muito nos outros personagens ou dar a devida atenção aos seus destinos, como no caso de Malcolm e Fleance, que desempenham um papel relevante na obra, especialmente no final, mas no filme são relegados a terceiro plano. O que de certa forma enfraquece um pouco o enredo, principalmente para aqueles que leram a história antes de vê-la nos cinemas.

Mas, apesar desse lapso na adaptação do roteiro, em geral, o filme cumpre o que promete, ou seja, reapresentar ao público uma das mais renomadas tragédias shakespearianas, de forma impressionante e cativante. 

Assista ao trailer (legendado):

É chegado o momento de conhecermos os melhores filmes do ano, que conquistaram seu lugar na maior e mais importante premiação do cinema internacional, o Oscar. Entre eles estão às grandes adaptações de obras literárias para o cinema, consideradas campeãs de bilheteria.


Em sua 89ª edição, a premiação deste ano contou com cinco filmes baseados em livros concorrendo na categoria de Melhor Filme. Sendo que quatro deles também concorreram à categoria de Melhor Roteiro Adaptado, criada especialmente para os longas-metragens baseados tanto em livros, quanto em peças de teatro, musicais e até mesmo em parques de diversões, como o filme “Piratas do Caribe”.

Os Indicados

Assim, os roteiros adaptados partem de histórias que tem uma maior aceitação em outras mídias, embora não sejam sempre baseadas em um livro. Como é o caso do filme “Um Limite Entre Nós” (Fences) que, embora não seja baseado em um livro, também concorreu à categoria de Melhor Roteiro Adaptado.

Isso devido ao fato de que o roteiro foi inspirado na aclamada e premiada peça teatral homônima, de 1983, escrita por August Wilson, e ganhadora do Pulitzer e do Tony Awards. Dirigido e estrelado por Denzel Washington, o filme indicado a quatro Oscars, incluindo o de Melhor Filme, venceu na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Viola Davis).


No entanto, também há casos de filmes baseados em livros que não concorrem à categoria, como o longa-metragem “Até o Último Homem” (Hacksaw Ridge), que embora baseado no romance homônimo escrito por Jeff Shaara não foi indicado à categoria de Melhor Roteiro Adaptado. Isso, talvez, devido ao fato de tanto o roteiro do filme quanto o livro terem sido inspirados na história real de Desmond T. Doss, o primeiro objetor de consciência militar na história dos EUA a receber a Medalha de Honra do Congresso.

Dirigido por Mel Gibson, e com roteiro de Randall Wallace e Robert Schenkkan, o filme recebeu 5 indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator (Andrew Garfield). Tendo levado para casa duas estatuetas, a de Melhor Montagem e Melhor Mixagem de Som.


Das páginas dos livros para as telas do cinema, temos o filme “Estrelas Além do Tempo” (Hidden Figures), baseado no livro biográfico escrito por Margot Lee Shetterly, que conta a história do grupo de três mulheres afro-americanas da NASA que foram parte fundamental para a trajetória dos Estados Unidos na corrida espacial durante os anos 60.

Dirigido pelo cineasta e roteirista Theodore Melfi, o filme, estrelado por Taraji P. Henson, Octavia Spencer, Janelle Monáe, Kevin Costner, Kirsten Dunst e Jim Parsons, recebeu três indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado, escrito por Allison Schroeder e Theodore Melfi.


Dirigido pelo premiado cineasta Denis Villeneuve, com roteiro adaptado por Eric Heisserer e estrelado por Amy Adams, Jeremy Renner e Forest Whitaker, “A Chegada” (Arrival) é inspirado no livro “História da sua vida e outros contos” de Ted Chiang. O filme recebeu 8 indicações ao Oscar deste ano, incluindo a de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Filme, levando para casa a estatueta de Melhor Edição de Som.


O longa-metragem “Lion: Uma Jornada para Casa” (Lion) recebeu seis indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Filme, assim como a de Melhor Ator Coadjuvante (Dev Patel), Melhor Atriz Coadjuvante (Nicole Kidman), Melhor Fotografia e Melhor Trilha Sonora. Dirigido por Garth Davis, com roteiro adaptado por Luke Davis, o filme é inspirado no livro autobiográfico “Uma longa jornada para casa” de Saroo Brierley, que conta a história de um menino indiano de cinco anos que se perde de sua família a milhares de quilômetros longe de casa.


E o Oscar foi para... “Moonlight”!

Dirigido e escrito por Barry Jenkins, o longa-metragem, vencedor do Globo de Ouro de Melhor Filme Dramático, conquistou o Oscar deste ano nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator Coadjuvante (Mahershala Ali). Além de ter sido o grande vencedor da noite, sendo premiado como Melhor Filme, depois de uma pequena confusão que levou Warren Beatty e Faye Dunaway a anunciarem o filme errado.

Com 8 indicações ao Oscar, “Moonlight: Sob a Luz do Luar” é baseado na obra “Moonlight” do escritor Tarell Alvin McCraney, que narra a história de Black, desde a infância até a idade adulta, em sua emocionante jornada de autoconhecimento, para encontrar o seu lugar no mundo. 


Mais Adaptações

Vários outros filmes baseados em obras literárias também concorreram ao Oscar 2017, em diversas categorias, como o longa “Mogli: O Menino Lobo” (The Jungle Book), inspirado na obra de Rudyard Kipling, que contra todas as apostas levou para casa a estatueta de Melhores Efeitos Visuais, desbancando os sucessos de bilheteria “Doutor Estranho” e “Rouge One”.

Há ainda “Animais Fantásticos e Onde Habitam” (Fantastic Beasts and Where to Find Them), o primeiro longa da franquia Harry Potter a ganhar um Oscar. Dirigido por David Yates e com roteiro adaptado pela autora J. K. Rowling, criadora da famosa saga literária, o filme recebeu duas indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Design de Produção, tendo levado para casa a estatueta de Melhor Figurino (Colleen Atwood).

Já na categoria de Melhor Documentário em Longa-Metragem concorreram os longas “Eu Não Sou Seu Negro” (I Am Not Your Negro), baseado no manuscrito inacabado “Remember This House” do escritor James Baldwin. Assim como “Life, Animated”, baseado no livro “Life, Animated: A Story of Sidekicks, Heroes, and Autism” de Ron Suskind. Enquanto que na categoria de Melhor Fotografia concorreu o filme “Silêncio” (Silence), dirigido por Martin Scorsese e baseado no romance do escritor japonês Shusaku Endo (1923-1996).

Também concorreram ao Oscar os filmes “Sully: O Herói do Rio Hudson”, inspirado na biografia homônima de Chesley “Sully” Sullenberger e Jeffrey Zaslow. Além de “13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi”, baseado no livro homônimo escrito por Mitchell Zuckoff, e o longa sueco “A Man Called Ove” baseado na obra homônima do autor Fredrik Backman. Assim como o filme “Animais Noturnos” (Nocturnal Animals), inspirado no livro “Tony & Susan” de Austin Wright.

Sem falar no sucesso de bilheteria “Rogue One: Uma História Star Wars”, que inspirou uma série de livros escrita por diversos autores. O filme concorreu às categorias de Melhor Mixagem de Som e de Melhores Efeitos Visuais. Outro longa que inspirou uma série de livros é “Star Trek: Sem Fronteiras”, que foi indicado ao Oscar de Melhor Maquiagem e Cabelo, mas para a surpresa de todos quem levou a estatueta para casa foi “Esquadrão Suicida”.

Assim, em meio a discursos emocionados, homenagens comoventes, incríveis performances musicais, belíssimas apresentações e uma certa confusão aqui e ali, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas reservou inúmeras surpresas para o público, algumas boas, outras nem tanto, mas todas memoráveis, como Michael J. Fox entrando no palco com o DeLorean.

Confira a lista completa dos indicados e vencedores do Oscar 2017 no site Omelete.